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Estudante do curso de Letras Portugues/Francês na UERJ Professora/Estagiaria de francês e português. Estudante de música, canto lírico, piano e violão. Modelo.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Cartas e Chocolates

Adoro cinema. Isto é um fato. Então vou aproveitar este espaço no meu blog para mais uma vez comentar sobre um filme. Um filme super fofinho em animação, feito em técnica de stop motion com bonecos e objetos feitos de argila, no estilo “A Fuga das Galinhas”. Porém, não é um filme infantil, pelo contrário, é irônico e com uma temática adulta. Com um roteiro fabuloso, baseado em fatos reais: “Mary and Max, uma amizade diferente”.

Esta história muito me chamou a atenção pelo fato de ser baseado em fatos verídicos. Uma menininha australiana de oito anos de idade, que sofre muito com a ausência do pai e o alcoolismo da mãe, quer descobrir se os bebês em Nova York também nascem da cerveja, assim como é em Melbourne, Austrália. Então, um dia ela procura avulsamente o endereço e o nome de um morador de Nova York no catálogo dos correios e descobre o senhor Max. Um homem de 44 anos, obeso, solitário com problemas de se relacionar com mulheres e que sofre de síndrome do Asperger.

Mary então lhe escreve uma carta (pois o filme se passa em uma época pré-internet) contando sobre sua vida e fazendo sua pergunta. Ao decorrer das cartas eles vão se conhecendo, constroem uma amizade muito especial, trocam chocolates e descobrem o quanto uma menina e um senhor tão diferentes têm em comum: ambos solitários e viciados por chocolate. Suas carências e seus vícios movem o enredo do filme de forma brilhante. Enquanto eles trocam informações e ajudam um ao outro, mesmo com tantas léguas de distância, mostram para o espectador que ninguém é igual, todos nós somos diferentes, mas mesmo assim podemos ter uma amizade tão bonita e verdadeira. O importante é respeitar o limite e as diferenças de cada um, sem querer modificar a essência do outro, apenas ajudando-o nas suas dificuldades. A amizade deles sobrevive muito além dos altos e baixos da vida. “Mary e Max” é a viagem que explora a amizade, o autismo, o alcoolismo, de onde vêm os bebês, a obesidade, a cleptomania, a diferença sexual, a confiança, diferenças religiosas, o suicídio, traumas, fobias e muito mais.

Eu adorei esse filme, achei apaixonante apesar de trágico. Se você já viu, achou o mesmo que eu? Ficou interessado em ver? Depois de assistir, conte-me o que você achou!

Barbara Tuche é estudante de Letras da UERJ

Rio de Janeiro, 06 de maio de 2010