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Estudante do curso de Letras Portugues/Francês na UERJ Professora/Estagiaria de francês e português. Estudante de música, canto lírico, piano e violão. Modelo.

sábado, 5 de dezembro de 2009

As diferenças

Terça-feira fui ao cinema sozinha. Sim, sozinha, é claro. Por que não? Sou uma mulher independente e realizada. Não preciso de homem para ir ao cinema e nem da amiga para confortar-me. Pois bem... Como eu ia dizendo, fui ao cinema.

Assisti “Julie & Julia”, foi super interessante. É um filme muito bem produzido com atores maravilhosos. A história é boba, mas me prendeu por algum motivo que ainda estou tentando descobrir. Talvez eu já saiba, só não queira admitir. Foi a comida! Sim! Não tem nada que me atraia mais do que comida! Sou fisgada pela boca. O filme falava sobre uma cozinheira brilhante de comidas francesas, Julia (Maryl Streep) e sua fã Julie (Amy Adams)! Durante o filme elas ensinam a fazer pratos deliciosos franceses. Magnifique! A culinária francesa é uma das minhas prediletas, assim como a italiana e a mexicana! C’est delicieux!!! Eu ainda morro pela boca, mas enfim....

O mais interessante é que o filme não fala só de comida. Ele trabalha um lado interessante do ser humano: a necessidade de aceitação e de ser como os outros. Isso me chamou muita a atenção. Nem todos são assim e se você não é, sinta-se privilegiado.

A Julie tem sérios problemas com o trabalho dela, com as amigas e com ela mesma, só o que salva é o casamento que é bem resolvido com o Eric (Chris Messina) e como não ser com um marido desses!? Costumeiramente, os filmes contemporâneos trabalham com a ideia da mulher bem resolvida financeiramente e com problemas de relacionamento. Chega a ser irônico, mas muito interessante, pois este filme por sua vez, fala ao contrário. Foi outro ponto que me pulou os olhos. É claro que o casal teve que ter uma briguinha mas, nada que durasse mais de 24 horas.

Voltando ao que interessa, comida! Digo, não... Não é isso. Hoje eu quero falar sobre a necessidade do homem de querer ser aceito na sociedade. Não podemos nos afastar das pessoas e viver como verdadeiros eremitas, ou nos enfiarmos em uma caverna e viver de sombras, mas podemos ter uma boa vida social sem precisarmos constatemente ser que nem os outros. Tentar parecer com a massa para sermos bem aceitos pela sociedade.

As pessoas são diferentes por natureza. Imagine se todos fossemos iguais!? Nós, brasileiros, já pensamos que os japoneses, chineses e coreanos são todos iguais e não são! (Nada contra os asiáticos, muito pelo contrário!) Mas existe esse tipo de preconceito, que todos eles são parecidos. Imagine como seria horrível se todos nós fossemos realmente iguais! A diferença é que nos torna seres interessantes, as diferenças físicas e de personalidade.

Se todos fossemos iguais, nunca poderíamos usar aquela frase “os opostos se atraem”, pois não teriam opostos. Mas me pergunto porque enquanto algumas pessoas fazem tanta questão de serrem diferentes e se destacar em um meio, enquanto outras querem ser iguais? Será que não podemos ser nós mesmos? Extravagância, ou mesmice, são só essas opções?

Eu quero ser eu mesma e não ser criticada pelo que visto ou o que falo! Quero ter o direito de pensar o que eu quiser, falar e fazer o que quiser (é claro, se isso não for prejudicar ninguém). Posso criar a minha moda e seguir a minha religião? Será que o mundo deixa eu ser feliz do modo que eu achar melhor pra mim?

No filme a Julie tem três amigas bem esnobes, ganham bastante, vivem bem. Mas a pobre Julie não tem como ostentar a vida que as amigas levam. E tem vergonha do que ela tem. Queira desculpar-me, aquelas três podem ganhar milhões, mas elas não têm um marido tão amável e gentil quanto Eric! Será que Julie não pode sentir-se satisfeita por isso? Ela não gosta do trabalho, mas não faz nada para muda-lo. Não gosta da casa em que vive, mas continua lá, mesmo criticando todos os dias. Se está insatisfeita, mude, transforme-se! Julia no entanto, faz diferente, quando sente a pressão da cordenadora do curso de culinária, ela cria mais forças para continuar e quando esta insatisfeita com a sua vida, faz de tudo para muda-la. Bem melhor, não?

Julie saiu para comer com as tais amigas, ao pedir o almoço a primeira amiga pede uma salada, em seguida todas as outras vão pedindo a mesma coisa. Julie nem gosta tanto de salada, mas pede para não ser diferente. Qualquer coisa que ela pedisse diferente de uma saladinha light, receberia os olhares de reprovação das colegas. É colegas, porque amiga mesmo, não reprovaria a outra só porque hoje ela quer comer um bife com batata frita! Assim como Julie foi chamada atenção pela colega, quando foi beliscar um biscoitinho antes do almoço. Mas ora, deixa a menina comer o que ela quer! Não é porque a outra tem complexo de gorda e não come gordura que todo mundo tem que ter também!

Acredito que todos esses tipos de repressão são falta de respeito. Não somente das amigas, mas de nós mesmos, pois nós deixamos isso acontecer! Se nos respeitássemos mais, passaríamos mais tempo das nossas vidas fazendo mais coisas que nos agrada e pensando menos sobre o que os outros vão achar de nossas atitudes. Não é só porque a sociedade impõe certas regras hipócritas é que precisamos segui-las! Lembrem-se sempre que regras foram feitas para serem quebradas, aliás quem foi o fulano que inventou tais regras!? Certamente, ele não é melhor do que eu!

"Não importa o que você seja, quem você seja, ou que deseja na vida, A ousadia em ser diferente reflete na sua personalidade, no seu caráter, naquilo que você é. E é assim que as pessoas lembrarão de você um dia." - Ayrton Senna (Um campeão)



Barbara Tuche é estudante de Letras da UERJ

Rio de Janeiro, 05 de Dezembro de 2009

13 comentários:

Gabriela Vieira disse...

Eu vi esse filme! A história é meio bobinha mesmo, mas o marido dela é tão fofo! *-*
No mais, concordo com você! Ótimo texto!
Tô seguindo!
Beijos e bom post ;*

André Spinillo disse...

Essa parada, estar satisfeito consigo mesmo é o que importa. É sendo alguém singular que nos destacamos perante "à massa", e por consequência atraímos para nós pessoas também singulares, e que possam nos acrescentar algo realmente útil. A gente não precisa ser cult e assistir filme israelense, mas só ter personalidade e pensamento independente é suficiente ;)

~*Rebeca*~ disse...

Adorei!

Dadoralina disse...

Faz muito sentido. Estamos tão preocupados em sermos parte de um todo que acabamos nos esquecendo do que somos, e não há nada melhor do que fazermos algo por nós mesmos, nem que seja por um segundo sequer. Já dizia Drummond " sinto tanta falta de mim quando tenho de fazer a vontade alheia".

Também goste bastante do seu blog :D

Eduarda Ramos disse...

Bárbara,
Eu me vejo em você daqui a algum tempo. Também vou estudar no próximo ano Letras Prtuguês/Inglês (ia por Frances,mas mudei em cima da hora rs)...
Adoro ir ao cinema sozinha, é tão mais sincero e tranaquilizante.

p.s: Respondendo a tua pergunta, eu escrevo poesia sim. Tem algumas lá no blog.

Abraço.

Adriana Resende disse...

Penso que se uma pessoa quer ser igual e aceito em determinado grupo, não pensa que se tornando igual vira o reflexo do outro e se perde em si mesmo.
E se optar em ser diferente, terá que se preparar, primeiro para a antipatia dos demais e depois o questionamento, as críticas e por aí vai, mas ainda assim a segunda opção é a melhor que há.
Sobre a audácia de ser diferente, recomendo o filme Coco Avant Chanel.

Abraços.

Fabi Mariano disse...

Obrigada pelo comentário. Espero que me visite mais vezes, beijos.

Mateus Luz disse...

Eu amo ler blogs escritos por mulheres... Não escondo minha torcida para que vocês possam alcançar novos espaços, lideranças,..., e quem sabe o mundo... Hihi...
Bom, ainda não vi o filme, e depois de sua discrição sobre fiquei curiosíssimo para ver.
É verdade mesmo, devemos estar felizes se somos diferentes dos demais... Aliás, imagina a chatice que seria o mundo se fossemos todos iguais? As diferenças são essenciais a sociedade!
To seguindo o blog!
Parabéns pelo blog! Sucesso ae...

Espero receber sua visita no meu também, fica o convite:
http://guardeparaosdiasdechuva.blogspot.com/
* ... música, política, celebridades ... *

Beijoos...

Rafa disse...

Gosto de ir só ao cinema tb!

Legal sua cronica, pareceu ser um dia divertido

http://cemiteriodaspalavrasperdidas.blogspot.com/2009/12/tall-man.html

FLP disse...

estou doido para pra assistir esse filme!! e apesar da "critica" a compainha masculina... acho q podemos ser amigos, farei o vestibular de letras sou doido por françês mas farei letras com inglês, pq não encontrei com Françês, toco violão e piano, e ouço pokerface 374 vezes por dia... se puder me add no msn.. q tem lá no meu perfil do orkut... bye

Jéssica L.A. disse...

nussa...ouvi muito sobre o filme...
vc escreve bem


fui

http://asminhastrilhassonoras.blogspot.com/

Anônimo disse...

Fiquei com vontade de ver o filme

Unknown disse...

Tarte Tatin (Torta de Maçãs)

Ingredientes:

Massa:

• 2 xícaras (chá) de farinha de trigo
• 1 lata de creme de leite
• 1 colher (sopa) de manteiga
• 2 colheres (sopa) de açúcar
• 1 pitada de sal

Recheio:

• 4 colheres (sopa) de conhaque
• 1 colher (sopa) de manteiga
• 1 xícara (chá) de açúcar
• 5 maçãs verdes descascadas

Dificuldade de Preparo da Receita: média
Temperatura da Receita: frio
Rendimento da Receita: 8 porções
Tempo de preparo da Receita: 50 min + 20 min de descanso + 45 min de forno + tempo de geladeira

Preparo da Receita

Massa: Peneire a farinha com o sal e o açúcar e acrescente a manteiga. Com a ponta dos dedos, incorpore a manteiga à farinha. Acrescente o Creme de Leite, aos poucos, até formar uma massa lisa e homogênea. Deixe descansar por 20 minutos.

Recheio: Corte as maçãs ao meio, retire as sementes e corte cada metade em 5 fatias. Em uma frigideira grande, coloque o açúcar e leve ao fogo baixo. Quando o açúcar começar a caramelizar, coloque a manteiga e as maçãs e deixe que cozinhem um pouco, mexendo sempre. Acrescente o conhaque e cozinhe mais um pouco. Retire do fogo e arrume os pedaços de maçã em uma fôrma redonda (26 cm de diâmetro).

Montagem: Abra a massa com um rolo, de modo que fique um pouco maior que a fôrma usada. Coloque a massa por cima das maçãs e leve ao forno alto (220ºC) preaquecido por aproximadamente 45 minutos. Para desenformar, vire a fôrma sobre um prato grande.

Dica para esta receita

A Tarte Tatin tornou-se famosa depois que as irmãs Tatin resolveram divulgar a receita em uma confeitaria de Paris. Conta-se que no final do século 19, o namorado de uma das irmãs, Eugène Coornuche trabalhava como maitre em um restaurante que servia apenas chás, cafés, sorvetes e petit fours. Após ser convencido, a Tarte Tatin foi o primeiro prato quente a ser servido no local. O restaurante mudou de dono e de nome e esta deliciosa receita foi a única preservada no menu, sendo uma das principais sobremesas da casa Maxim's até hoje.

Espero que tenha gostado deste meu comentário sobre a culinária Francesa! ;)

Beijos

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